17 setembro 2013

Uma série deliciosa "Tal Mãe, Tal Filha"


Não sou muito fã de series, porém algumas marcaram mesmo a minha infância e adolescência, até porque era o único acesso a tecnologia que tínhamos antes, então estou amando voltar a assistir uma delas e vou compartilhar com vocês, se chama Gilmore Girls (Tal mãe, Tal Filha como é conhecida aqui no Brasil).


Não é uma história muito boa, é uma série sobre nada, que não acontece nada, mais te prende capítulo apos capitulo, e se torna uma serie encantadora logo que você se apega aos personagens, sendo capaz de se identificar com eles.
                    

Para quem não conhece, Gilmore Girls narra a história de uma família que, para os Estados Unidos, ainda é “atípica”: uma mãe solteira que engravidou aos dezesseis anos e, anos depois, cria sua filha adolescente que está enfrentando os desafios e descobertas do mundo. É uma série sobre como os relacionamentos humanos desabrocham enquanto nós amadurecemos. A mãe solteira em questão é Lorelai Gilmore (interpretada pela engraçadíssima Lauren Graham). Depois de engravidar de Rory (interpretada por Alexis Bledel), Lorelai decide fugir com a criança para a linda, surreal e fictícia cidade de Stars Hollow (em Connecticut), a fim de criar Rory. Em sua nova cidade, Lorelai passa a trabalhar e morar numa pousada, que, futuramente, ela administrará. Aparentemente, Lorelai fez péssimas escolhas na vida. Ela veio de uma família rica e foi bem educada. Porém, dona de um espírito rebelde feito para contrariar sua mãe, quando descobre que está grávida, decide que a melhor saída é lidar sozinha com a situação, pois não quer que sua filha seja criada da maneira como ela foi: cheia de regras de etiqueta, pouco amor e nenhuma diversão. Lorelai engravidou de Christopher (David Sutcliffe), um namoradinho de infância tão irresponsável quanto ela, do tipo que nunca aprendeu a crescer e que, volta e meia, some e reaparece na série para, mais uma vez, tentar ser pai de Rory.

O relacionamento de Lorelai e Rory é incomum para a maioria das famílias do mundo todo. Elas não são apenas mãe e filha: são melhores amigas. Fazem tudo juntas, concordam em quase tudo, visitam os mesmos locais, gostam das mesmas músicas, assistem aos mesmos filmes (diversas vezes, inclusive), alimentam os mesmos sonhos e suas diferentes gerações não parecem ser empecilho para a amizade das duas. Com Rory, Lorelai tem uma relação que nunca tivera com sua própria mãe. E esse laço que as une é tão forte e sincero, que, não à toa, a série no Brasil, exibida pelo SBT, ganhou o a tradução de Tal Mãe, Tal Filha (que é subtítulo da série).

Rory quer fazer tudo certinho, quer ser um exemplo para a sociedade, acredita na paz mundial, tem uma melhor amiga coreana, Lane (Keiko Agena começou esse papel aos vinte e sete anos, com rostinho de quinze), vizinha sua, que não sabe lidar com todas as regras impostas pela mãe – regras piores do que aquelas que Lorelai sofreu na infância. Lane é obrigada a frequentar a escola Adventista e seguir uma religião na qual não acredita. Gosta de rock, sonha ter uma banda, mas esconde CD’s embaixo da madeira do assoalho. Revelar-se e ser aceita por sua ditadora mãe é um desafio na vida de Lane, que morre de medo dela e até chega a ser expulsa de casa. Rory apaixona-se por Dean (Jared Padalecki o ator de Sobrernatural), um rapaz estilo “bom moço” de Stars Hollow. Ele estuda e passa as tardes trabalhando em um mercado local, entre as series muitas coisas acontecem com o casal inclusive separações e novos romances.

Ah gente também tem o Luke Danes, a Paris, o Kirk, são tantos personagens hilários que este post ficaria muiiito extenso então vou parar por aqui! Ao todo a série tem 7 temporadas, eu só tenho a 2° e a 4°, mas pretendo comprar todas as outras, já que não consigo baixar nada na net, ashuashua, então pra quem tiver interessado pé só procurar no Submarino, Saraiva, Americanas, etc.


Gilmore Girls – que não é um livro, um quadrinho, um filme, absolutamente nada além de uma história deliciosa saída da cabeça de Amy Sherman-Palladino, sua criadora –, não apresenta um enredo significativo, com exceção dos relacionamentos que a gente cria e amplia ao longo da vida. 

Gilmore Girls é para quem gosta de Sessão da Tarde, para quem deseja resgatar a nostalgia da infância. Para quem já teve um coração partido, para quem tem problemas com parentes próximos, para quem desejar retomar amizades aparentemente irresgatáveis. Com Gilmore Girls, eu aprendi que sua melhor amiga pode ser a pessoa que mais lhe detesta e compete com você, que um relacionamento entre mãe e filha nem sempre estará fadado ao insucesso graças a uma situação anterior: se você deixar o orgulho de lado, ainda pode salvar muita coisa. Aprendi que o amor da sua vida pode mesmo estar ali na esquina, literalmente – e você demorar muito até perceber. Aprendi que, com as imprevisibilidades da vida, somos forçados a crescer, que quem nasce em berço de ouro pode deixar de voar e caminhar com pés no chão. E que relações aparentemente surreais são absolutamente possíveis, se você se dedica a cuidar verdadeiramente do outro. Sendo assim, boa sorte para quem começar – e se apegar.

>Obs: Prepare-se para ouvir sua mãe reclamando, e todos ficarem irritados com o lá lá lá e os diálogos rápidos das duas, (a verdade é que só quem assiste entende ashuashu) Eu Amoo!!




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